Quando falamos de guarda-redes de futebol, a parte mais reconhecível do seu equipamento são as luvas. É um elemento inevitável do seu equipamento, pois as luvas são muito úteis para os guarda-redes. Contudo, aqueles quem pensa que os guarda-redes de futsal também usam luvas ficam em estado de choque quando se apercebem de que não é esse o caso. No futsal, pouquíssimos pequeno de guarda-redes usa luvas, e a maioria não as usa de todo.
Quais são as razões?
A primeira e mais básica razão para usar luvas tem um lado extremamente prática: ajudam os guarda-redes no futebol a proteger os seus punhos contra fortes remates, a amortizá-los, a evitar que a bola escorregue das mãos e a facilitar o seu controlo.
Por outro lado, quando olhamos para o futsal, a primeira diferença óbvia é o tamanho da bola. No futsal, a bola é menor e permite que o guarda-redes a controle muito melhor. Ou seja, o papel do guarda-redes na criação de jogadas é também mais importante, especialmente tendo em conta as dimensões do campo de jogo. Isto é especialmente importante para criar contra-ataques. Nessa situação, o guarda-redes pode ajudar diretamente os seus companheiros de equipa na marcação de golos.
Esta é a situação em que a capacidade do guarda-redes de ter sucesso nesse capítulo do jogo adquire maior importância. É muito importante que o guarda-redes seja capaz de sentir a bola debaixo dos seus dedos para ter um melhor controlo sobre ela. Nestas jogadas, a utilização de luvas não teria o mesmo efeito, pelo menos na maioria. A incapacidade do guarda-redes de controlar a bola com as pontas dos dedos faz com que normalmente que a bola fique mais lenta e menos precisa.
Luvas sem pontas são uma potencial solução?
Contudo, há uma solução que pode de alguma forma conjugar estas duas abordagens - luvas “sem pontas”. Assim, o guarda-redes protege-se contra os fortes remates e, por outro, os seus dedos ficam livres e permitem o controlo necessário da bola ao fazer os passes com as mãos.
É também importante ter em consideração que, no futsal, em comparação com o futebol, a percentagem de remates que o guarda-redes apanha com as mãos é muito baixa, já que as distâncias são menores e a força do remate é maior. Com isto em consideração, este aspeto deixa de ser uma prioridade quando se discute quem é “a favor” ou “contra” as luvas.
Quando todos estes elementos são considerados, podemos concluir que o conforto é a principal prioridade para o nosso guarda-redes, quando pondera se precisa de luvas. É ele quem escolhe.
Para terminar, o conselho um a todos os guarda-redes: se usarem luvas durante os jogos, usem-nas também durante os treinos... e vice-versa.